O doutor em Ciência Política (USP), com foco na área de Segurança Internacional, e mestre em Segurança Nacional pela Georgetown University, Gunther Rudzit, é o entrevistado do Ponto a Ponto, que discute as estratégias de segurança adotadas pelo Brasil para as Olimpíadas 2016. A entrevista, que vai ser reprisada nesta sexta (1º), às 3h, é mediada pela jornalista Mônica Bergamo e pelo sociólogo Antonio Lavareda.
Em agosto, só no Rio, esperam-se 15 mil atletas de 225 países e 500 mil turistas (40% vindos dos Estados Unidos). De acordo com Gunther Ruditz, o problema do terrorismo vem à tona pelo fato de as Olimpíadas serem um evento mais abrangente que a Copa, por exemplo, e acontecendo apenas em uma cidade. “Israel não conseguiu vir na Copa do Mundo, mas vem para as Olimpíadas”, argumentou.
Ainda de acordo com o especialista, os Jogos Olímpicos de Londres, em 2012, ocorreram tudo bem porque o Estado Islâmico ainda não tinha ganho toda essa dimensão como hoje em dia. “O Brasil se torna um alvo interessante desses grupos. Dizer que não existe esse risco seria temeroso”, pontuou.
Na entrevista, o sociólogo Antonio Lavareda questiona a frustração que os Jogos Olímpicos no Brasil causaram no mundo. “Essas Olimpíadas no Brasil se perdeu muito o charme original. Quando se escolheu o Brasil, era uma grande homenagem à América Latina, como o país que vinha despontando como potência, assim como foi a afirmação da China. Agora, as Olimpíadas vão acontecer num país com muitas dificuldades e uma sociedade insatisfeita”.
Blog do Magno – 23/06/2016
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