Distritão e financiamento público dominam seminário no Ipespe

Formadores de opinião estiveram presentes na segunda edição do “Seminários IPESPE”, que aconteceu na manhã desta segunda (28), na sede do instituto, na Ilha do Leite. O cientista político Marcus André Melo, professor titular da UFPE, palestrou sobre reforma política. O tema também contou com o advogado Carlos Neves Filho e o sociólogo Antonio Lavareda como debatedores.

De acordo com Marcus André, a reforma eleitoral acontece devido a uma “resposta a choques", pois o principal fato foi que, desde setembro de 2015, o STF proibiu a contribuição das empresas às campanhas eleitorais. 

O advogado Carlos Neves Filho acredita que, com a limitação do valor advindo do financiamento público de campanha, “o processo ficará dependente da ilegalidade”.

Já segundo o sociólogo Antonio Lavareda, seria um “feito da nossa democracia” se conseguisse atender os anseios das campanhas com R$ 3,6 bilhões. “Esse valor é pouco e razoável”. Para se ter ideia, a última eleição americana custou mais de US$ 2,6 bilhões (Centro de Políticas Responsáveis – CPR). Lavareda disse que mais de 90% do dinheiro usado em campanha no Brasil já é público. “Obtido por meio de obras públicas e ‘doações empresariais’”. Sobre o distritão, Lavareda disse que “se o país tiver que pagar um preço, esse seria um bom preço”.

 

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